quinta-feira, 10 de junho de 2010

POR QUE MUDEI DE NOME ?

"Vera que desde 1996 usava como nome artístico Vera Villela, passou a partir de 2010 a usar seu nome original, VERA BONILHA".


Essa é a frase que mais tenho escrito atualmente. E-mails, currículos, sites, enfim, mudar de nome é mais fácil do que parece, mas dá trabalho.

É como diz meu amigo Milton: essas coisas acontecem primeiro dentro.
E foi exatamente o que aconteceu, o nome foi apenas um reflexo de muitas coisas que vêm mudando dentro de mim.
Quando estreiei minha primeira peça profissional, "Baal-O Mito da Carne" em 1996, achei que tinha que criar uma persona. Coisa de adola, talvez. Mas minha família não era muito, aliás nada, ligada às artes, e tampouco gostava da possibilidade de eu virar de fato uma atriz.
Na peregrinação ao nome fictício, o "nome artístico", consultei a numerologia, amigos, árvore genealógica e minha criatividade. Depois de mais ou menos uns 30 nomes, inventados e sugeridos, fiquei entre Vera Vieira, da minha avó materna, e Vera Villela, de uma amiga da minha tia.
Na votação o Villela ganhou e eu gostava especialmente do duplo V e da sonoridade do Villela.
De uns tempos para cá, esse Villela vinha me incomodando. Sempre tive que explicar - no banco quando ia depositar um cheque de algum trabalho, quando assinava contratos na frente de amigos, quando meus médicos me ligavam e caía na caixa postal "vc ligou para Vera Villela...", em determinados cadastros - que o Villela não era meu. Até aí tudo bem, já estava acostumada, mas o Villela vinha me incomodando!
Somado a isso, a terapia junguiana do Léon (Bonaventure), e os cursos de Nietzsche do Juliano Garcia Pessanha, vinham martelando....

                                               "Torna-te quem tu és"

Foi então que no ano passado uma amiga, ao me ver assinando um contrato, me fez a célebre pergunta; "Mas por que vc usa esse nome?", e dessa vez me perguntei, mas por quê mesmo?????
Quando não encontrei mais nenhuma razão suficientemente forte, pensei...putz, esse nome não me faz o menor sentido.
Faço muitas coisas por obrigação, como pagar contas e impostos, depilação, atitudes por pura educação, mas a idade está me ensinando a cada vez mais só fazer aquilo que me faz sentido!
E foi aí que o Villela dançou.
Para falar a verdade, apesar do trabalho estou muito feliz em usar meu nome de batismo, mais leve, mais inteira....sei lá.
Ainda me pergunto porquê a gente muitas vezes tem que dar uma volta tão grande para chegar no mesmo lugar, ou no lugar inicial.

Salve o Bonilha!





           JUNG

                                                           

         NIETZSCHE